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O Beijo de Canto

O beijo de canto Que não planejado Será que ela quis? Pelo meu espanto O rosto corado Será que eu fiz? O beijo no canto De sorriso aberto Que passa sem ver Que faz, entretanto O que era certo A gente rever Um toque no canto Do lábio rosado Que mal se sentiu No tato enquanto O que não conversado No interno explodiu O beijo de canto Que foi sem querer Ou foi por que quis? Momento no entanto A transparecer Neste rosto feliz.

O Viajante 2

Quando se olha da primeira vez A superfície do azul de um mar Suas águas brilham com tal nitidez Que seu profundo não dá pra enxergar Nem mesmo as ondas quebrando ferozes Após tormenta antes do sol raiar Ou mau agouro de alguns albatrozes Impede a vela do barco de içar Tal viajante tão firme se fez Nesta rotina de nunca ancorar Seu braço forte tem força de três E a mente forte por nunca chorar Pois viajante escuta as vozes Do oceano a dizer sem parar - A calmaria pros barcos velozes É a corrente pra se navegar Na solidão deita em plena nudez Contempla a luz do sereno luar Que quando espia sua palidez Mostra o caminho o qual atravessar O seu destino diz nunca saber Pois sabe sempre onde vai atracar - Quem sabe o dia em que eu me perder Não é o dia que vou me encontrar?

Menina Mulher

No rosto o semblante que oculta O ímpeto da adolescência Transcende no ar a inocência Do riso que a gente não escuta Andando com irreverência Em passos de mente astuta Atrai para si sem disputa Olhares de toda a existência Seu rosto enrubesce no ato Com simples olhar de desejo Mas quando lhe vem o ensejo Mulher ela vira de fato E vem de repente um beijo Que sem resistência eu acato Deixando de lado o sensato Por algo que ainda prevejo Menina mulher que fascina Vontade pairando onde der Às vezes razão desatina Ou pousa seus pés onde quer Agora ela é uma menina E agora ela é uma mulher.