O Viajante 2

Quando se olha da primeira vez
A superfície do azul de um mar
Suas águas brilham com tal nitidez
Que seu profundo não dá pra enxergar

Nem mesmo as ondas quebrando ferozes
Após tormenta antes do sol raiar
Ou mau agouro de alguns albatrozes
Impede a vela do barco de içar

Tal viajante tão firme se fez
Nesta rotina de nunca ancorar
Seu braço forte tem força de três
E a mente forte por nunca chorar

Pois viajante escuta as vozes
Do oceano a dizer sem parar
- A calmaria pros barcos velozes
É a corrente pra se navegar

Na solidão deita em plena nudez
Contempla a luz do sereno luar
Que quando espia sua palidez
Mostra o caminho o qual atravessar

O seu destino diz nunca saber
Pois sabe sempre onde vai atracar
- Quem sabe o dia em que eu me perder
Não é o dia que vou me encontrar?

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