Deixa Ser

Que a distância
Entre nossos lábios
- Sejamos sábios 
Seja fragrância
Da aversão

Ou um resquício
Do que se esquece
Mas permanece
Como do vício
É a abstenção

Não seja o ego
Que nubla a mente
E de repente
Torna-te um cego
Na escuridão

Também orgulho
Que queima frio
E no vazio
Só o barulho
Da solidão

Ou mesmo o medo
Do que há por vir
Quando o existir
Parece azedo
Como limão

Pois a entrega
Não é fraqueza
Mas sim beleza
De quem renega
A própria razão.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Sobre o tempo

Equilíbrio

Dissimulacro